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08 agosto, 2013

Choro: entenda as razões para o seu filho abrir o berreiro em cada fase

Depois do primeiro aniversário, a tendência é seu pequeno trocar as lágrimas por palavras. Ainda assim, choros são freqüentes e as causas, variadas. Chorar faz parte do crescimento emocional e funciona como um desbloqueio sentimental. Entenda as razões para a criança abrir o berreiro em cada fase. Mas não esqueça que, agora, ela já sabe fazer manha e é você quem vai dar o limite.

De 1 a 2 anos
Nesta fase, a criança ainda usa fraldas, os dentes estão nascendo e, muitas vezes, ela não quer dormir. As causas da maioria dos choros deixam de ser fisiológicas e se tornam psicológicas. Apesar de estar aprendendo a falar, ela só consegue expressar os sentimentos com lágrimas. Isso ocorre porque ela ainda não tem maturidade emocional, portanto lida mal com raiva, angústias e frustrações. Sente-se o centro do universo e acha que pode qualquer coisa. Este período é conhecido por mudanças repentinas de humor, egoísmo acentuado e crises de birra, fazendo com que seu filho protagonize cenas clássicas como se jogar no chão para ganhar um brinquedo.

O que fazer:
- Na hora da birra, seu filho não vai escutar suas razões para negar o objeto de desejo dele. O melhor é distraí-lo, mudando o foco para outro brinquedo ou convidando-o para um sorvete.

- Se precisar ficar longe por alguns dias, grave sua narração das histórias favoritas dele. Ouvir sua voz vai acalmá-lo.

- Quando a criança fizer algo errado, explique com uma frase simples por que o comportamento dela é inaceitável. Por exemplo, se ela pega um enfeite da mesa, não grite “não” – o que levará o pequeno às lagrimas. Diga que o objeto pode quebrar e machucá-lo, portanto ele não pode mexer.

De 3 a 5 anos
Ele já está na escola, tem maior autonomia e entende melhor os limites. Começa a se relacionar com indivíduos de fora do círculo familiar, como a professora e os colegas de classe. Nesta fase, tende a aprender a se defender sozinho e a não controlar os acessos de raiva. É guiado pelo pensamento mágico. Se a mãe o deixa no colégio, pode entender que foi abandonado por ela. Se os pais discutem, tende a achar que a culpa é dele. Seu filho já tem consciência de conflitos e injustiças, portanto é bom explicar com clareza o que acontece ao seu redor. Ele vai expressar a própria personalidade nesta fase, porém não está pronto para ouvir “não”. Choros falsos, com as famosas “lágrimas de crocodilo”, são freqüentes e servem para manipular os pais.

O que fazer:
- Ele chora quando precisa se separar de você, seja para ir à escola ou na hora em que você sai para trabalhar? Não prolongue a despedida. Dê um beijo, um abraço e despeça-se com alegria. Seja firme, não olhe para trás nem volte para ver como seu filho está.

- Ele já entende o que é certo e errado, portanto você pode e deve explicar os limites. Por exemplo, se ele quiser um carrinho de controle remoto que custa uma fortuna, diga que ele pode colocar na lista do Papai Noel ou esperar até o aniversário.

- Use objetos de transição em situações novas para a criança. Se for colocá-la na escola ou deixá-la por um tempo na casa de um parente, incentive-a a levar o urso de pelúcia favorito. Isso lhe dará segurança.

- Se ele sempre chora pelo mesmo motivo e você não consegue convencê-lo de que está errado, experimente inventar uma história com personagens fictícios que vivem a mesma situação. Seu filho pode entrar no conto, se identificar com o protagonista e entender o comportamento que deve ter.

De 6 a 10 anos
Seu filho está desenvolvendo o pensamento lógico e gosta de se comportar como adulto. Até o choro tem causas parecidas com as dos pais: conflito, aborrecimento etc. Ele fala e entende as próprias emoções, por isso chora menos e com objetividade, ou seja, por causa de uma dor física ou emocional. A birra, nesta fase, apresenta lágrimas acompanhadas de agressividade.

O que fazer:
- Na crise de choro, aproxime-se do seu filho e faça contato olho no olho. Fale com firmeza. Dependendo da situação, abrace-o. Se for birra, explique os motivos, pois ele já é maduro para entender.
- Jamais diga que ele está grande demais para chorar. É melhor deixá-lo expressar as emoções em vez de, literalmente, engoli-las.

As três regras-chave
  1. Incentive-o a falar dos sentimentos. Faça isso verbalizando as próprias experiências e perguntando como ele se sentiu perante momentos diversos.
  2. Não desvalorize o choro da criança. É importante que ela saiba que você entende os motivos, ainda que não concorde.
  3. Estimule os comportamentos que gosta, como quando seu filho divide o brinquedo com o amigo, e ignore os que não aprova, como choramingos.
Fonte: revistacrescer

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